RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NA AVALIAÇÃO DA BANDA ILIOTIBIAL EM CICLISTAS

Nome: Beatriz Maria Monteiro de Castro
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 22/08/2018
Orientador:

Nome	Papel
RICARDO ANDRADE FERNANDES DE MELLO	Orientador

Banca:

Nome	Papel
Marcelo Souto Nacif	Examinador Externo
Marcos Rosa Júnior	Examinador Interno
RICARDO ANDRADE FERNANDES DE MELLO	Orientador

Resumo: Introdução: A síndrome da banda iliotibial (SBI) é uma lesão por sobrecarga e causa comum de dor lateral no joelho frequentemente relacionada à prática de atividades esportivas com movimentos repetitivos de flexão e extensão dos joelhos como, por exemplo, em corredores de longa distância e ciclistas, correspondendo de 15% a 24% das lesões por sobrecarga em ciclistas. A ressonância magnética (RM) tem se mostrado relevante na confirmação do diagnóstico clínico e na exclusão de outras causas de dor lateral no joelho.

Objetivos: Avaliar a prevalência de alterações envolvendo a banda iliotibial (BIT) em joelhos de ciclistas e controles por meio da RM e correlacionar os achados de imagem com dados clínicos e referentes ao treinamento dos ciclistas.

Métodos: Estudo observacional, transversal, realizado no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) no período de junho de 2015 a março de 2017 com 42 ciclistas e 42 controles pareados por sexo e idade. Foram coletados dados demográficos, clínicos e referentes ao treinamento por meio de um questionário e realizados exames de RM dos joelhos.

Resultados: O principal achado relacionado à BIT nos exames de RM dos joelhos foi o edema, sendo observado nos ciclistas em 47,6% à direita e 54,8% à esquerda e nos controles em 33,4% à direita e 35,7% à esquerda. O edema leve foi o mais prevalente nos dois grupos, contudo o edema moderado/acentuado foi mais caracterizado no grupo ciclista e a análise estatística demonstrou relação de dependência muito significativa entre o mesmo e o grupo ciclista (p < 0,05). Coleção fluida localizada foi evidenciada somente no joelho de 1 ciclista e 1 controle. O edema no côndilo femoral lateral não foi descrito em nenhum dos grupos. A alteração de sinal da BIT foi observada apenas no joelho de 1 controle. Em relação à espessura da BIT não foi evidenciada diferença significativa entre os grupos. A correlação do edema leve e moderado/acentuado com as variáveis IMC, quilômetros percorridos por semana, bike fit, alongamento, participação de competição, prática de outros esportes no grupo ciclista não demonstrou relação de dependência estatística.

Conclusão: O principal achado na RM dos joelhos relacionado à BIT nos ciclistas foi o edema. Nosso estudo demonstrou relação de dependência estatística muito significativa entre o edema moderado/acentuado e o grupo ciclista. Não houve relação de dependência estatística entre as variáveis IMC, quilômetros percorridos por semana, bike fit, alongamento, participação de competição, prática de outros esportes e o edema leve e moderado/acentuado nos ciclistas.

Palavras-chave: ciclismo; joelho; ressonância magnética; síndrome da banda iliotibial;
&#8195;