ETIOLOGIA VIRAL E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Nome: Talita de Jesuz Nascimento
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 03/07/2019
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
Rita Elizabeth Checon de Freitas Silva Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
José Roberto Fioretto Examinador Externo
Moises Palaci Examinador Interno
Rita Elizabeth Checon de Freitas Silva Orientador

Resumo: A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é responsável por grande impacto na mortalidade e morbidade causadas por infecções respiratórias agudas na população pediátrica. Os vírus respiratórios são os principais agentes etiológicos dessa síndrome. Dessa forma, identificar os principais vírus respiratórios e descrever as características sociodemográficas e evolução clínica dos pacientes internados com SRAG pode ser uma grande contribuição para os profissionais de saúde. Este estudo trata-se de um corte transversal, com duração de 12 meses, realizado de fevereiro de 2017 a janeiro de 2018, na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) e sala de emergência do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, ES. A população estudada apresentava o diagnóstico de SRAG e possuía entre 1 dia a 18 anos incompletos. Incluiu-se no estudo 66 pacientes, dos quais foram coletados aspirados de nasofaringe ou traqueal para análise de Reação em Cadeia Da Polimerase (PCR) no formato multiplex possibilitando a identificação de 13 vírus respiratórios. Além disso, realizou-se análise de prontuários para coleta de dados demográficos e do seguimento clínico desses pacientes até a alta hospitalar. Em 43 amostras (65,2%) detectou-se ao menos um vírus. O principal vírus encontrado foi o vírus sincicial respiratório (VSR), presente em 27 pacientes (62,8% das amostras positivas). Em seguida, o metapneumovírus (23,3%) e o adenovírus (9,3%). Os meses em que houve maior detecção de VSR foram março, abril e maio. A mediana da idade dos pacientes do estudo foi de 6 meses e 10 dias. Aproximadamente 70% dos pacientes eram menores de 2 anos de idade. Metade dos pacientes estudados possuía algum tipo de comorbidade prévia, sendo as doenças pulmonares a principal comorbidade encontrada, seguida por doenças neurológicas. Os principais sinais e sintomas apresentados foram inespecíficos de infecções de vias aéreas inferiores: tosse, coriza e dispneia. O achado radiológico mais frequente foi infiltrado intersticial difuso em 41 pacientes (64,1%). Durante a internação, 62,1% dos pacientes necessitaram de ventilação mecânica. O tempo de permanência hospitalar teve uma mediana de 13 dias. Cinco pacientes evoluíram para óbito, sendo que todos possuíam alguma comorbidade. Em quatro desses pacientes que evoluíram para óbito, ao menos um vírus foi detectado. O estudo contribuiu para o conhecimento sobre a etiologia viral na faixa etária pediátrica hospitalizada com SRAG no Espírito Santo, dado até então ausente em nosso estado. Além disso, apresentou um panorama sobre a população pediátrica atendida com essa síndrome, em setores de urgência e UTIP, o que pode auxiliar na oferta de uma assistência mais adequada a essa população, visando a redução da morbi-mortalidade por essa síndrome.

Palavras-chave: Síndrome Respiratória Aguda Grave. Vírus respiratórios. Pediatria.

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