Bypass Gástrico Videolaparoscópico no Sistema Único de Saúde: Estudo Retrospectivo Comparativo com a Técnica Laparotômica em Serviço de Referência

Nome: Paulo Henrique Oliveira de Souza
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 24/05/2019
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
Gustavo Peixoto Soares Miguel Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
Otávio Cansanção de Azevedo Examinador Externo
Gustavo Peixoto Soares Miguel Orientador
Doglas Gobbi Marchesi Suplente Interno
Claudio Ferreira Borges Suplente Interno

Resumo: Introdução: a obesidade é doença muito prevalente na população do Sistema Único de Saúde (SUS), cujo perfil socioeconômico e de comorbidades é mais grave. O tratamento cirúrgico mais utilizado no SUS é o bypass gástrico em Y-de-Roux (BGYR), que pode ser realizado por via laparoscópica (VLP) ou laparotômica (LPT), porém não se conhece os benefícios da técnica laparoscópica na população do SUS Objetivos: comparar a evolução de pacientes submetidos a BGYR VLP e LPT em serviço de referência do SUS. Métodos: coorte retrospectivo, incluindo os pacientes submetidos a BGYR primário, sem outros procedimentos concomitantes, entre 01/07/2016 e 30/09/2017, totalizando 106 pacientes: 34 submetidos por VLP e 72 por LPT. Foram analisados a perda ponderal, de acordo com o índice de massa corporal (IMC) e perda de excesso de IMC (PEIMC), além da incidência de mortalidade, reinternações e complicações, estratificadas pela Classificação de Clavien-Dindo. Resultados: O IMC médio em toda a mostra foi de 45,05kg/m² para 31,32kg/m², representando PEIMC=72,39%. Os pacientes permaneceram, em média, 2,87 dias internados e apresentaram um seguimento de 17,57 meses. O IMC atual do grupo VLP é de 29,46kg/m² e %PEIMC=81,01%, e no grupo LPT são de, respectivamente, 32,22kg/m² e 68,20%. O grupo LPT apresentou maior índice de complicações gerais que o grupo VLP (54,2 x 38,2%). Ao categorizarmos entre complicações não-graves (Clavien-Dindo I e II) e graves (Clavien-Dindo III a V), observamos maior taxa de complicações graves no grupo LPT (48,7 x 15,4%). As admissões em pronto-socorro cirúrgico foram mais frequentes no grupo LPT (9,7% x 2,9%), que também apresentou maior incidência de hérnia incisional (9,7%), hérnia interna (2,8%), complicações de ferida operatória (12,5%) e necessidade de cirurgia revisional (1,4%), parâmetros cujas incidências foram nulas no grupo VLP. Conclusão: os pacientes do grupo VLP apresentam evolução pós-operatória mais satisfatória que os pacientes do grupo LPT, com melhor evolução ponderal e menor incidência de complicações, principalmente as mais graves, além de menores taxas de mortalidade, reinternações e reoperações.
Palavras-chave: obesidade, cirurgia bariátrica, derivação gástrica, laparoscopia, sistema único de saúde

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