PROLONGAMENTO DO INTERVALO QT ASSOCIADO À HIPOMAGNESEMIA EM ALCOOLISTAS CRÔNICOS

Nome: Stephanie Rezende Alvarenga Moulin Mares
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 09/12/2014
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
Maria da Penha Zago Gomes Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
Jose Geraldo Mill Coorientador
Andrea Araujo Brandão Examinador Externo
Ester Miyuki Nakamura Palacios Examinador Interno
Maria da Penha Zago Gomes Orientador
Paulo Roberto Merçon de Vargas Suplente Interno

Resumo: INTRODUÇÃO: O alcoolismo é uma dependência à droga psicoativa de alta prevalência em todo o mundo. Já foi descrito que o álcool associa-se a distúrbios elétricos cardíacos como prolongamento do intervalo QT. O QT longo, uma alteração incomum entre indivíduos saudáveis (0,0017-2%), pode desencadear taquiarritmias e morte súbita e poderia ser causado diretamente pelo álcool e pela hipomagnesemia desencadeada por ele.
MÉTODOS e RESULTADOS: Estudo de associação entre as alterações eletrocardiográficas, clínicas e laboratoriais em alcoolistas ativos comparados a alcoolistas abstinentes há mais de 7 dias e indivíduos não-alcoolistas. Foram avaliados 166 alcoolistas (62 alcoolistas ativos e 104 alcoolistas abstinentes) e 45 não-alcoolistas. Houve maior ocorrência de QT longo entre os alcoolistas ativos do que entre os alcoolistas abstinentes (16% vs. 2% OR 9,81 p = 0,011), enquanto não houve alteração do QT entre os não-alcoolistas. A presença de hipomagnesemia também foi maior entre os alcoolistas ativos (26%) do que entre abstinentes (10% OR 3,11 p = 0,013) e não-alcoolistas (5% OR 6,30 p = 0,022). Os níveis de magnésio sérico mostraram uma relação inversamente proporcional a duração do intervalo QT corrigido entre os alcoolistas ativos (β = - 35,1 ms / p = 0,005).
CONCLUSÃO: Houve maior associação de QT longo e hipomagnesemia nos alcoolistas crônicos ativos. O magnésio baixo foi preditor de prolongamento do intervalo QT. Essas alterações poderiam desencadear arritmias fatais, sendo fundamental dar atenção a esta possibilidade diagnóstica, solicitando de rotina eletrocardiograma e dosagem de magnésio sérico no atendimento de pacientes alcoolistas crônicos.

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