Resistência insulínica em pacientes com câncer de mama. Estudo preliminar da ocorrência e associação com fatores de risco e prognóstico.

Nome: Carolina Loyola Prest Ferrugini
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 23/09/2015
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
Paulo Roberto Merçon de Vargas Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
Paulo Roberto Merçon de Vargas Orientador
Luiz Alberto Sobral Vieira Junior Examinador Interno
Everlayny Fiorot Costalonga Suplente Interno
Antônio Chambô Filho Examinador Externo

Resumo: A coocorrência de resistência insulínica (RI) e câncer de mama e os possíveis nexos casual e prognóstico entre ambos tem ganhado crescente importância, embora os mecanismos envolvidos não estejam totalmente esclarecidos. Clinicamente, a busca por entendimento sobre esta associação tem estimulado estudos sobre ocorrência e associação empírica entre RI e fatores de risco (FR), fatores prognósticos (FP) e subtipos de câncer de mama, objetivando aprimorar o tratamento destas doenças.
Objetivo. Determinar a ocorrência de RI e sua associação com FR e FP em pacientes com câncer de mama.
Pacientes e métodos. Dentre os casos de câncer da mama em pacientes do SUS, atendidos entre novembro de 2011 e novembro de 2013, no Ambulatório de Mastologia do HUCAM/UFES, em Vitória, ES, foram selecionados as pacientes anuentes com o estudo nas quais se logrou obter a glicemia e a dosagem da insulina antes da terapia. RI foi diagnosticada pelo cálculo do índice HOMA-IR e sua ocorrência e associação com FR e FP de mama, aferidas no conjunto dos casos e conforme a fase do ciclo sexual (menacme e climatério), calculando-se os índices de contraste incremento direto, razão simples, qui-quadrado e razão de chances, avaliados pelos critérios recomendados para significâncias estocástica e de magnitude quantitativa.
Resultados. Nas 80 pacientes estudadas, a ocorrência de RI foi 38,7%, maior no climatério que no menacme (43,6% versus 28,0%), mas não variou significativamente conforme os FR. Cânceres com expressão de Ki67 e hiperexpressão de HER2 foram mais comuns no climatério com RI e com padrão luminal A no menacme com RI. Não se observou variação significativa na ocorrência dos demais FP nos casos com ou sem RI, seja no menacme, seja no climatério.
Conclusão. Estes resultados mostram que 2 FP de maior agressividade ocorrem mais frequentemente em pacientes no climatério RI+ enquanto o padrão Luminal A, de melhor prognóstico, ocorre em pacientes no menacme RI+, aduzindo evidência empírica, ainda que baseada em pequena série de casos, para a necessidade de avaliação da resistência insulínica em pacientes com câncer de mama, principalmente no climatério.
Palavras-chave: Câncer de mama, fatores de risco, fatores prognósticos, resistência insulínica.

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