PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS EM PACIENTES ACOMPANHADOS NO AMBULATÓRIO DE DOR CRÔNICA MUSCULOESQUELÉTICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
CASSIANO ANTÔNIO DE MORAIS

Nome: Ruben Horst Duque
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 25/03/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Maria Bernadete Renoldi de Oliveira Gavi Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Maria Bernadete Renoldi de Oliveira Gavi Orientador
Maria Carmen Moldes Viana Examinador Interno
Valéria Valim Cristo Examinador Interno

Resumo: Dor crônica é um problema grave de saúde pública não só em termos de sofrimento humano, mas também por causa das grandes implicações socioeconômicas para a sociedade. A associação frequente com transtornos mentais de diferentes formas e intensidades aumenta a incapacidade, diminui a qualidade de vida e torna o diagnóstico e o tratamento desafiadores. O presente estudo buscou avaliar dor crônica musculoesquelética e a presença de transtornos mentais em pacientes acompanhados no ambulatório de dor comparando a um grupo controle, tendo os seguintes objetivos específicos: a) identificar a prevalência e o perfil psiquiátrico desses pacientes, b) caracterizar perfil sociodemográfico dos pacientes dessa amostra e descrever seu perfil clínico. Foram selecionados 100 pacientes em seguimento regular no Ambulatório de Dor Musculoesquelética do Hospital Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e comparados com 100 pessoas de grupo controle, no período de junho de 2016 até junho de 2018. Os instrumentos utilizados foram o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI-PLUS) e questionário estruturado para coletar dados sociodemográficos. A análise estatística utilizou testes do qui-quadrado, teste exato de Fisher sendo considerado um p-valor significante < ou igual a 0,05 e os testes t (paramétrico), teste de Mann-Whitney e o teste de Kolmogorov-Smirnov. Foi realizada a regressão logística múltipla e calculado o odds ratio (OR) estimando o intervalo de confiança de 95%. Os resultados apontaram Fibromialgia, Lombalgia e Cervicalgia como as principais condições clínicas relacionadas à dor. Na amostra avaliada, a maioria era de mulheres, de cor parda, com menor grau de escolaridade, menor faixa salarial e alto índice de absenteísmo ao trabalho. 88% dos pacientes com dor crônica apresentaram algum transtorno psiquiátrico contra 48% no grupo controle. Os mais frequentes foram transtornos de ansiedade com ataques de Pânico (44%), Ansiedade generalizada (36%), transtorno misto de ansiedade e depressão (33%), fobia social (30%), Agorafobia (29%) e risco de suicídio (28%) e Depressão Maior (27%). Como conclusão, o MINI-PLUS mostrou praticidade e sensibilidade na identificação de transtornos mentais em pacientes com dor crônica. Além de mais prevalentes, os transtornos mentais se correlacionam com maior risco para dor crônica (OR= 7,94; IC95% 3,886-16,3).

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