O volume da substância cinzenta no córtex frontal médio rostral esquerdo e córtex cerebelar esquerdo predizem o desempenho executivo frontal em indivíduos alcoolistas.

Nome: Rodrigo Stênio Moll de Souza
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 23/10/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Ester Miyuki Nakamura Palacios Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Alair Augusto Sarmet Moreira Damas dos Santos Examinador Externo
Ester Miyuki Nakamura Palacios Orientador
Maria da Penha Zago Gomes Suplente Interno
RICARDO ANDRADE FERNANDES DE MELLO Examinador Interno

Resumo: Introdução: Alcoolistas manifestam déficits importantes na função executiva frontal e ainda assim mantêm o estado mental cognitivo dentro da faixa normal. Método: Este estudo procurou medições volumétricas de estruturas cerebrais segmentadas obtidas a partir de imagens de ressonância magnética (RM), que poderiam prever as funções executivas e o estado mental cognitivo em alcoolistas. A bateria de avaliação frontal (FAB) e o mini-exame do estado mental (MEEM) foram aplicados em alcoolistas que se submeteram à ressonância magnética. A segmentação e as correções corticais e subcorticais foram realizadas utilizando o programa de pós-processamento FreeSurfer. Foram realizadas análises múltiplas de regressão linear tendo as medidas volumétricas das estruturas cerebrais segmentadas como preditores para o desempenho da FAB ou do MEEM, como medidas dependentes. 60 alcoolistas, sendo 52 homens, com idade média de 47,2 ± 10,4 anos, com uso pesado de álcool (média de 284,4 ± 275,9 g de álcool/d), durante um longo período de tempo (média de 32,4 ± 11,1 anos), apresentaram FAB 11,1 ± 3,2 e MEEM de 25,2 ± 4.1. Resultados: A análise da regressão linear múltipla tendo os lados esquerdo e direito de cada segmento como preditores demonstrou que o volume da substância cinzenta do córtex frontal médio rostral e do córtex cerebelar (p < 0,001), em que apenas o lado esquerdo dessas estruturas mostrou efeito parcial significativo para prever o desempenho da FAB no modelo completo (p < 0,05), mostraram ser preditores do desempenho da FAB. Eram ainda mais preditivos quando considerados em conjunto (p < 0,001), em que tanto o córtex frontal médio rostral esquerdo (p < 0,05) e o córtex cerebelar esquerdo (p < 0,01) apresentavam efeitos parciais preditores significativos no modelo completo. Nenhuma das estruturas cerebrais foi preditiva para o desempenho do MEEM. Também foi observado que, quando comparados a indivíduos não-alcoolistas pareados por idade, estes alcoolistas apresentam uma atrofia cerebral global e uma perda de volume para muitas estruturas, especialmente no lado direito do cérebro, e sem qualquer alteração aparente no volume total do córtex pré-frontal. No entanto, alguns alcoolistas apresentam um alargamento em áreas isoladas do córtex pré-frontal, especificamente o córtex orbitofrontal medial direito e o córtex frontopolar bilateral. Conclusões: Concluímos que as medições volumétricas de córtex frontal médio rostral esquerdo e do córtex cerebelar esquerdo parecem ser capazes de prever o desempenho executivo frontal, mas não o estado mental cognitivo em alcoolistas.

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