Fenótipo e tratamento da doença inflamatória intestinal em pacientes atendidos na farmácia estadual da Secretaria de Saúde do Espírito Santo, Brasil.

Nome: Adalberta Lima Martins
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 28/09/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Maria da Penha Zago Gomes Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Lorete Maria da Silva Kotze Examinador Externo
Luciana Lofego Gonçalves Suplente Interno
Maria da Penha Zago Gomes Orientador
Valéria Valim Cristo Examinador Interno

Resumo: Introdução: Fenótipo é a expressão clínica de uma doença. As doenças inflamatórias intestinais (DII) são divididas em Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI), Doença de Crohn (DC) e Colite não Classificada (CNC). A abordagem terapêutica está diretamente relacionada à apresentação fenotípica e tem grande impacto econômico. O tratamento no Brasil é fornecido pelo sistema público de saúde. Objetivos: Analisar o fenótipo e tratamento dos portadores de DII no estado do Espírito Santo (ES), Brasil, que recebem terapêutica pelo sistema público. Avaliar incidência e prevalência de DII no ES. Avaliar se as prescrições estão em conformidade com as orientações do Ministério da Saúde. Materiais e Métodos: Estudo descritivo de corte transversal, entre 01 de agosto de 2012 a 31 de julho de 2014, de 1048 pacientes que recebem medicamentos para DII pelo estado. Resultados: RCUI foi diagnostica 63,8% dos pacientes, DC em 34,06% e 2,1% com CNC. A prevalência foi de 38,2/100.000 habitantes (RCUI 24,1/100.000 e DC 14,1/100.000) e a incidência 7,7/100.000 habitantes/ano (RCUI= 5,3/100.000 e DC= 2,4/100.000). A idade do diagnóstico foi em média de 39,18 ±16,12 anos. Os pacientes com DC eram mais jovens do que RCUI (p=0.001). A localização da RCUI teve frequência semelhante. Na DC 31,4% tinham a localização ileal, 30,9% ileocolônica e 28,9% lesão somente de cólon. Quanto ao comportamento da DC, maior frequência foi da forma inflamatória (50%). O comprometimento perianal estava presente em 92 casos (25,8%). O tratamento mais utilizado na RCUI foi mesalazina oral (62,2%) e sulfassalazina (62,5%). A mesalazina supositório foi utilizada em 42,8% dos casos, azatioprina em 129 (19,3%) e terapia biológica em 30 pacientes (4,5%). A Azatioprina foi o medicamento mais utilizado na DC (71,5%), depois mesalazina (62,%) e da terapia biológica (43,3%). A terapia biológica foi mais utilizada nos pacientes mais jovens (até 17 anos- 64% p=0.001), nos pacientes com doença localização colônica e ileo colônica (p=0.001) e naqueles com comportamento penetrante (p=0.001). Houve subutilização do 5-ASA tópico (somente 53,6% dos pacientes com RCUI). Conclusão: As DII são de difícil tratamento e o conhecimento adequado permite melhor o atendimento do paciente.
Palavras Chaves: Doença de Crohn. Colite ulcerativa. Epidemiologia. Terapia. Incidência. Prevalência. Brasil.

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